CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA + SEGURA NA ÁGUA
Todo cuidado é bem-vindo e é assunto sério. A morte por afogamento é rápida e silenciosa. Os riscos na infância são sempre maiores. A presença de um transtorno do desenvolvimento como o autismo ou TDAH (Transtorno Déficit de Atenção e Hiperatividade) ou uma deficiência pode deixar a criança ainda mais vulnerável e acentua consideravelmente o risco de afogamento infantil.
AFOGAMENTO é ACIDENTE? “afogamento não é acidente, não acontece por acaso, tem prevenção, e esta é a melhor forma de tratamento – AFOGAMENTO É UM INCIDENTE. “Szpilman”
Mais de 80% das mortes ocorrem por, FALTA DE SUPERVISÃO ADEQUADA, IGNORAR RISCOS, NÃO RESPEITAR LIMITES PESSOAIS, e DESCONHECER COMO AGIR.
Nos faltam estatísticas no Brasil sobre o índice de afogamentos de crianças com deficiência. Nos USA 90% das crianças com autismo que morrem prematuramente, tem como causa-mortis o afogamento. Isto porquê a criança com autismo pode mais facilmente ignorar o perigo, em sua maioria adora brincar com a água e anda sozinha por ambientes que promovem o risco do afogamento. Esta crianças, mais do que as outras, estão mais vulneráveis e, portanto, necessitam ainda mais da supervisão de pais e responsáveis que por desconhecimento ou desatenção às regras de segurança promovidas pela Sobrasa em diferentes ambientes aquáticos, como exemplo: deixando um portão de piscina aberto, falta de supervisão adequada ao risco ou distrações do adulto ou responsável ao celular ou em conversas em eventos sociais, ou ainda em saltos inesperados, quedas ou escorregões próximos à borda da piscina (TIRONE, Autism Parenting Magazine, 2018; SOBRASA, Perfil dos afogamentos no Brasil 2018) podem não dar a supervisão necessária e expor sua criança mais facilmente ao risco de afogamento.
Pais, professores ou responsáveis da criança com deficiência necessitam estar cientes dos riscos de afogamento para que promovam ações de prevenção adequadas que podem variar a cada criança dependendo de sua competência e cenário aquático.
Este trecho faz parte de uma recomendação de segurança aquática publicada pela Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático e é o consenso entre especialistas na área de saúde, salvamento aquático, professores de educação física, educadores, biólogos e veterinários marinhos e será atualizada a cada novo aparecimento de informações relevantes ao assunto. Conheça o documento completo acessando http://www.sobrasa.org/crianca-com-deficiencia-segura-na-agua-recomendacao/
Autores Principais: David Szpilman, Márcia Ortiz, Roberto Trindade, Waltecir Lopes.
Colaboradores: Osni Guaiano, Lúcia Eneida, Claudenir Celestino, Magna Costa, Anna Maria Pinheiro.
Instituições Envolvidas: Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) e Clínica Márcia Ortiz
Instituições com Apoio à Recomendação: Associação Brasileira de Medicina de Emergência (ABRAMEDE), Metodologia Gustavo Borges.